O gás sulfeto de hidrogênio (H2S) é o terceiro maior gás nos casos SIBO. Infelizmente, não há muitas pesquisas sobre esse tipo de crescimento excessivo e pode ser um desafio gerenciá-lo e tratá-lo com eficácia. Neste artigo, mostraremos os princípios básicos desse gás intestinal, o que é o sulfeto de hidrogênio, bem como as diferentes estratégias que você pode usar para encontrar alívio.

Em todos os casos de SIBO, o problema é com o gás endógeno ou gás produzido por muitas bactérias no intestino ou pela diversidade incorreta de micróbios.

Os principais componentes dos gases intestinais incluem oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono, hidrogênio e metano. Normalmente, o ar que é engolido permanecerá no estômago até que se mova gradualmente através do sistema digestivo por peristaltismo. A movimentação desses gases não nos causa dor ou desconforto, e eventualmente serão liberados em pequenas quantidades.

No cólon, existem inúmeras espécies bacterianas que crescem em alimentos mal digeridos, como amidos e açúcares (carboidratos). À medida que as bactérias dentro do cólon fermentam esses alimentos, gases de hidrogênio e dióxido de carbono são liberados durante o processo. No entanto, é essencial observar que as bactérias dentro do cólon também podem consumir gases, particularmente hidrogênio, para liberar gases como o metano e certos gases contendo enxofre, como o sulfeto de hidrogênio, responsáveis ​​pelo odor fétido que associamos ao gás.

Além das bactérias do cólon, as pessoas com SIBO podem ter muitas bactérias no intestino delgado (onde deveria haver apenas uma pequena quantidade), que podem fermentar carboidratos e também produzir esses gases.

E como medimos esses gases intestinais?

Em pessoas com SIBO, geralmente há uma superprodução de certos tipos de gases como hidrogênio, metano e sulfeto de hidrogênio no intestino delgado. Existem vários motivos pelos quais isso pode ocorrer. Uma das causas mais comuns é a alteração da motilidade intestinal devido a danos nos nervos.

Atualmente, os testes de ar expirado são o diagnóstico mais útil para examinar o tipo e a quantidade de gás produzido no intestino.

O principal teste de respiração que deveria ser usado é o Teste de Respiração de Hidrogênio e Metano com ingestão de Lactulose: esse teste mede o gás hidrogênio e metano produzido por bactérias no intestino delgado após a ingestão de lactulose. Infelizmente a maioria dos lugares no Brasil, mede só o gás hidrogênio.

Esse teste pode ser usado para diagnosticar:

• Infecção por H. pylori

• Má absorção de carboidratos (ou seja, intolerância à lactose)

• SIBO

Mas o que você notará é que este, mesmo sendo o principal teste respiratório para detecção de SIBO, ainda não é capaz de detectar o gás sulfeto de hidrogênio.

Hydrogen Sulfide and SIBO

Apesar da utilidade do referido teste de respiração, é importante entender que alguns pacientes com SIBO também podem ter muito sulfeto de hidrogênio (H2S) em seu organismo, o que ainda não é um tipo de crescimento excessivo detectável por testes de respiração tradicionais.

No H2S para SIBO, as bactérias produtoras de sulfeto de hidrogênio competem com as bactérias produtoras de metano no consumo de gás hidrogênio.

Quando a maioria do gás no corpo for H2S, pode ser que no teste de respiração tradicional mostre pouco ou nenhum hidrogênio ou metano e poderá ter a aparência de uma linha plana.

Além disso, o H2S também pode resultar da degradação bacteriana da matéria e, portanto, pode ser produzido por humanos e animais em seus resíduos e gases. As bactérias encontradas na boca e no trato gastrointestinal produzem sulfeto de hidrogênio a partir de materiais em decomposição que contêm proteínas vegetais ou animais.

Embora seja normal a produção de algumas quantidades desse gás, uma quantidade em excesso pode ser um indicador de um certo tipo de problema gastrointestinal.

Se você é alguém que sempre teve um caso misterioso de SIBO ou disbiose, seus testes são inconclusivos e/ou mostram uma linha plana, ou você sabe que reconheceu que seus sintomas ou o cheiro do seu gás estão ligados ao enxofre, então o supercrescimento de sulfeto de hidrogênio pode ser o seu problema.

A importância do Enxofre

Os três elementos mais importantes e abundantes em nosso corpo são, em ordem, cálcio, fósforo e enxofre.

Algumas das principais funções do enxofre incluem:

• componente importante de alguns aminoácidos

• sintetiza proteínas

• ajuda na produção de colágeno

  • Importante para manter a estrutura das células e as paredes das artérias

• componente de queratina

  • Ajuda a fortalecer o cabelo, a pele e as unhas

Na verdade, embora a maioria de nós consuma enxofre suficiente em nossas dietas diárias, alguns distúrbios baseados na incapacidade de nosso corpo de metabolizar o enxofre ou outros tipos de deficiência de enxofre ainda podem ocorrer e incluem:

• Artrite

  • Artrite reumatóide

  • Osteoartrite

  • Artrite psoriática

• Acne

• Psoríase

• Verrugas

• Caspa

• Eczema

• Foliculite (folículos pilosos inflamados/ inchados)

Fatores que podem causar problemas com o metabolismo do enxofre:

• Toxicidade de produtos químicos (por exemplo, glifosato, o herbicida usado no Roundup)

• Co-fatores nutritivos

• Genética

O sulfato desempenha um papel importante em vários processos diários que ocorrem em nosso corpo, como manter a viscosidade do sangue e revestir nossos tecidos conjuntivos. Nosso corpo precisa de um suprimento constante de sulfato para funcionar corretamente.

Mas, se algo acontece no corpo que não está permitindo que o metabolismo do enxofre funcione corretamente e obtenha do corpo o sulfato necessário, então nosso corpo tem que encontrar uma solução alternativa.

Quando nosso corpo reconhece que temos baixo teor de sulfato, ele pode se adaptar e desenvolver mais bactérias produtoras de H2S, uma vez que o gás sulfeto de hidrogênio e o sulfito podem ser usados ​​para produzir sulfato onde for necessário. Esta é uma teoria que explica por que o supercrescimento de H2S pode ocorrer.

Em pequenas quantidades, o sulfeto de hidrogênio é na verdade uma molécula vital necessária para a sobrevivência dos organismos vivos. H2S desempenha um papel importante na capacidade do nosso corpo de responder a patógenos estranhos, regulando a inflamação (o que é bom quando estamos tentando combater doenças), formação de memória, cognição, energia, motilidade intestinal e muito mais.

No entanto, quando há uma quantidade excessiva de H2S produzida pelo corpo, como no caso do H2S por SIBO, uma série de problemas pode ocorrer. Isso inclui confusão mental, problemas de memória, vermelhidão, fadiga e outros sintomas digestivos problemáticos, como diarréia e constipação, vistos na SII (Síndrome do Intestino Irritável).

Ao ler um material de Josh Sabourin, li sobre a conversa dele com o Dr. Greg Nigh, um médico naturopata da Immersion Health PDX, que foi capaz de explicar claramente esse processo, bem como fornecer alguns insights sobre por que ele acredita que o metabolismo do enxofre desempenha um papel no H2S por SIBO.

Sintomas associados à superprodução de H2S

Os sintomas de supercrescimento de H2S podem ser bastante debilitantes, dependendo da gravidade da disbiose. Em particular, a fadiga, a confusão mental e os gases associados a esse tipo de crescimento excessivo podem ser muito frustrantes para se lidar.

Alguns sintomas comuns associados ao H2S por SIBO incluem:

• Gases com cheiro de ovo podre

• Fadiga

• Confusão mental

• Diarréia ou constipação

• Intestino solto

• Vermelhidão

• Tontura

• Acne ou erupções cutâneas

• Coceira

• Intolerância a alimentos com enxofre

• Doença periodontal e halitose

Chaves para melhorar o sulfeto de hidrogênio SIBO

Se você estiver experimentando os sintomas associados ao crescimento excessivo de sulfeto de hidrogênio, há algumas coisas que você pode considerar e fazer para ajudar seu corpo.

Em particular, você deseja reduzir a ingestão de alimentos contendo enxofre para ajudar no metabolismo do enxofre do seu corpo e nas vias de desintoxicação. Se os sintomas forem graves, certas opções de tratamento que reduzem as bactérias produtoras de sulfeto de hidrogênio também podem ajudar, além de fornecer algum alívio sintomático.

Reduzir a ingestão de alimentos que contenham enxofre, mesmo por um pequeno período de tempo, pode ajudar seu corpo a se desintoxicar de uma via de enxofre entupida. Além disso, ao eliminar os alimentos com alto teor de enxofre de sua dieta, você também poderá testar como seu corpo responde a diferentes alimentos que contêm grandes quantidades de enxofre ao reintroduzi-los mais tarde.

Ao reduzir a ingestão de enxofre por um longo período de tempo, você dará ao seu corpo a pausa de que precisa para voltar aos trilhos.

A maioria das pessoas com problemas de sulfeto de hidrogênio acham que alho, ovos, couve e outros vegetais do gênero Brassica como brócolis e couve de Bruxelas são os alimentos mais problemáticos que promovem seus sintomas.

Além disso, embora a carne contenha um grande número de aminoácidos, como cisteína e metionina, que contêm enxofre, a maioria das pessoas demonstrou tolerar bem a carne em porções normais.

Alimentos com alto teor de enxofre que você pode reduzir:

• Ovos

• Alho

• Couve

• Aspargos

• Cebolas, alho-poró, chalotas

• Frutas secas

• Vegetais crucíferos como brócolis, couve-flor, couve de Bruxelas

• Mostarda

• Cerveja e vinho

• Carragenina

• MSM

• ALA

• Açafrão

• Amendoim

• Demasiada proteína animal (contém aminoácidos cisteína e metionina)

Bons alimentos com baixo teor de enxofre:

• Arroz

• Batatas

• Peixe

• Cenoura, aipo, cogumelos, abóbora amarela, abobrinha verde, abóbora moranga, pepino

• Frango

• Gengibre

• Pequenas porções de frutas

• Muitos outros alimentos com baixo teor de enxofre

Além desses cuidados, você pode tratar esses sintomas com óleos essenciais. Para isso, entre em contato no meu Whatsapp:

Material adaptado de Sobrevivente de SIBO por Beth Alamino.