Frutosemia

A intolerância à frutose ainda é pouco pesquisada mas exponho aqui as suas vertentes.

A maioria dos médicos desconhece a doença ou teve um contato muito rápido sobre o termo. Num passeio pela biblioteca central da Universidade Federal de Goiás, há um livro em inglês, formato A5, da década de 60 onde consta menos de uma página acerca do termo frutosemia. Nos livros de medicina e também nutrição há informações mais extensas sobre a intolerância à lactose com considerada dedicação na explicação de suas consequências. Talvez isso explique o ceticismo de muitos médicos em relação aos sintomas da intolerância à frutose. Outra explicação é o não entendimento do comportamento do monossacarídeo diante dos distúrbios da lactose, um dissacarídeo.

O primeiro relato de Intolerância Hereditária à Frutose (HFI) foi efetuado em 1956. Em 1961 houve a demonstração que uma forma de aldolase encontrava-se deficiente em pacientes com HFI. Em 1976 foi descoberto que a administração da frutose em sujeitos afetados provocava grave hipoglicemia.

O que ocorre é que a atividade da aldolase B, uma enzima do metabolismo da frutose, presente no fígado, rins e intestino delgado pode variar de indetectável até 15% a 30% do normal, provocando acúmulo de frutose 1P. Alguns pacientes são extremamente sensíveis à frutose, enquanto outros podem tolerar quantidades moderadas. A incidência de 1:40.000 é igual para ambos os sexos com maior incidência na população de origem européia.

Erros inatos do metabolismo se manifestam nos 3 tipos de frutosemias: frutosúria essencial, intolerância hereditária à frutose e deficiência da frutose 1,6 bifosfatase.

Quanto ao problema que ocorre em pessoas não portadoras do erro inato (detectado desde bebê), pode ser efeito de uma grave disbiose, doença inflamatória intestinal, SIBO (Supercrescimento Bacteriano do Intestino delgado - sigla em inglês), dentre outros fatores. A patologia deve ser tratada de forma individual e personalizada.

Algumas informações coletadas de: UFSC