Viveu 117 anos, solteira com uma dieta que excluía frutas e verduras

A Itália hoje está adiante no estudo genético para Intolerância Hereditária à Frutose - IHF, tanto é que lá foram mapeadas mais 5 alterações do gene Aldob compondo um total hoje de 23 alterações até o momento dessa matéria (julho 2017).

A história a contar hoje é de uma italiana. Em geral nos locais onde há mais pesquisas sobre determinada enfermidade, obviamente há pessoas com a doença, que motivaram essas pesquisas. Não foi raro conhecer na minha vida, muitas pessoas com IHF que nunca foram atendidas por especialistas mas que instintivamente adaptaram sua alimentação com incentivo familiar.

Essa história nos brindou o médico urologista Blas Lopez Rueda, que recebeu de sua filha após ser entregue pela médica que a atende, Dra. Maria Rosa, alergista em Sevilha. A foto da matéria está publicada aqui.

"Fazer sempre o que quis: esse é o segredo de sua longevidade"

Emma Morano Martinuzzi, italiana, nascida em Verbania, na região de Piemonte ao norte da Itália, só comia 2 ovos ao dia e biscoitos. Seu médico desde 1990, Carlos Brava, garantiu que ela não tomava remédios e que sempre estava feliz.

Nasceu em 29 de novembro de 1899 e faleceu recentemente em 15 de abril deste ano. Viveu 117 anos e 137 dias. Essa italiana chamava a atenção da mídia não só por ter sido por muito tempo a segunda europeia longeva da história (atrás somente de Calment), senão também por sua dieta peculiar que contraria as recomendações médicas. Emma comia pouquíssima fruta e pouquíssima verdura. Sua alimentação diária constava de 2 ovos e biscoitos porque, contava, ela o que lhe dava menos fastio. Morano não tomava remédios a não ser quando estivesse com alguma enfermidade específica.

Essa italiana que viveu toda sua vida solteira, garantia que o segredo de sua longevidade era fazer o que queria. Carlos Brava, seu médico, disse ao jornal meses antes de Emma fazer seu último aniversário: uma coisa muito importante é que está sempre feliz. Nunca a vi angustiada por envelhecer. Sempre fez as coisas em conformidade com o que a vida lhe deu. Se lhe doíam as pernas, não reclamava e dizia que fazia parte da velhice.